No telhado a vida escorre
A chuva dos dias
Não sou eu quem escolhe
Essas manhãs tristes frias...
Quem desenhou este céu cinza?
Quem esculpiu essa lágrima no olhar?
E se Deus fosse feito tinta
De que cor Ele iria as pessoas pintar?
As nuvens escorrem pelas frestas do céu
As chuvas beberam o azul da janela
Pássaros migram feito poemas num cordel
Harmonia de asas que o vento leva
A chuva aninha-se pelos cantos
Traz dos céus muitos segredos
Será, água benzida de santo?
Ou, choro de anjo com medo?
Mas o quê importa tudo isso
Se o tempo vira a página dos calendários
Relógios e ponteiros feito crucifixos
Haverá personagens, na ausência de cenário?
(Cassiane Schmidt)
5 comentários:
Muitas perguntas recheiam a vida.
Quem dera pudéssemos ter algumas com mais facilidade e menos espera.
Deus se fosse tinta de certo nos faria de muitas cores.
Mas todos feito tinta pois somos à sua semelhança.
Beijos!
O tempo é implacável, vai virando as páginas do calendário, girando os relógios da vida, e nos trazendo interrogações várias, sobre tantos assuntos, sobre a vida, o futuro, as incertezas...
Lindo poema.
Um grande abraço :)
Socorro Melo
A roleta da vida nos causa muitas incertezas quanto ao futuro.
Mas o quê importa senão viver ao sabor dos ventos?
Abraços
Vc escreve muitissimo bem!! Parabéns...
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Cassiane, atraves de um amigo que citou sua fantastica frase sobre plágio, vim lhe conhecer. Para alguem tão sábia, com certeza, encontraria beleza no seu blog.
Parabens!
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