Ventos valsam saudade
Acordam minhas crianças
A infância é uma velha cidade
Onde moram sagradas lembranças
Todo dia é assim
Abro a janela e vejo
Ir embora partes de mim
E tudo fica menos
Matemática de fim
Horas mergulham relógios
Pesam paredes
No tempo ócio
Peles devoram sede...
Olhos presos no espelho
Pedem explicações
Zoom de medos
Antigos traços confundem mãos
Colecionam tatos
Distante do medo
Somos braços...
O tempo alimenta a ilusão
Confunde minhas crianças
Diz que é sempre tarde e nunca cedo...
Nas terras distantes da infância!
Cassiane Schmidt
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