Tempo de Recomeçar

Tempo de Recomeçar
"Essa história vai emocionar você"

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sonho




Sonhei que havia morrido
Acordei morta, sentindo-me viva num outro mundo.
Despertei num pequeno quarto com muitas janelas, não havia nada nele
além de uma pequena escrivaninha com um pedaço de papel e uma
caneta gasta de mim.
Olhei pelas janelas, avistei um jardim surreal, nem feio nem bonito,
apenas estranho.
Um longo varal estendia-se a perder-se de vista nas planícies verdes azuis
daquele lugar.
Penduradas no varal, estavam folhas de papel, suspensas num cordel
gigantesco, feito de cipó, coisas malucas do tipo que só vemos
em sonho.
Ao invés de grampos, eram pássaros multicolores que prendiam as folhas
, os pássaros trocavam cantos, esculpiam asas no vento,
perfumavam as folhas com poléns de flores virgens.
Aproximei-me do imenso varal, recolhi, curiosa que sou, uma das folhas
ali suspensas. Tratava-se de letras, todas elas misturadas.
Eram lindas letras, que se depreendiam do papel, umas caiam por terra,
outras ganhavam o céu. Teve uma que vi voando nas asas do pássaro,
teve uma que vi chorando num ponto final.
Teve letra abraçada, hifens rendidos, parágrafos sublimados em diálogos
perdidos.
De repente uma letra debruçou sobre meu olhar, emudeci num grito
surdo, ao sentir uma delas em meu coração se acomodar.
Não entendi, apenas assenti ao estranho e jamais sentido.
Não quis acordar antes de entender...
Havia seis horas penduradas no relógio, quando despertei do sono com o
cheiro de café sobrevoando a cozinha, esticando-se até o quarto.
Sobre meus braços repousava um livro do Pessoa, que até em sonho nos faz mais gente!
Antes do café, antes de começar o dia, depois de desisitir de entender, um pouco mais de poesia!


Cassiane Schmidt
8
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8
8
Haikai do texto Sonho (Por Isnelda Weise)

um jardim noutro mundo
onde pássaros perfumam
a vi(n)da das letras

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

...?!


Olhos cortados pelas retinas cegam
Fustigam emoções doentes
Cadeiras de cem rodas
Me levam a memórias permanentes

Estendi tristezas mofas sobre o varal
Que sob o sol se renderam
Queimando tudo, cheirando mal

Joguei xadrez nos azulejos da casa
Promessas feitas de renúncia
Medos voam
em asas de noites calmas


Melhor e pior disputam rimas
pobre é a luta vã
O fracasso é a pior das melodias
serve em seu cockteil
a doente medida,

Coragem é palavra bonita
Quando fica, FICA

Acomodações faltam
No beliche da insônia
Das escleróticas emoções
Que migram, feito quatro estações

Feitas de in_ernos!
V
F
V
F
V
F
V
F
V
V
Cassi SCHMIDT

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

"Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus"

"Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus"
Resultado final 2009
O livro deve estar pronto em final de julho e será lançado na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece de 12 a 22 de agosto de 2010, no Pavilhão de Convenções do Anhembi.Criado em 2005 pelo escritor e poeta Valdeck Almeida de Jesus (*), o prêmio é um dos mais importantes da literatura brasileira, pois tem inscrições gratuitas e dá oportunidade a poetas do Brasil e do Mundo de terem seus trabalhos publicados. Durante as edições passadas, foram lançados mais de 600 novos poetas no mercado editorial.Os livros são lançados em feiras de livro e em bienais da Bahia, Rio e São Paulo. Em 2009, durante a Bienal do Rio de Janeiro, a antologia foi lançada no estande da Giz Editorial e reuniu escritores e poetas do país inteiro.
Menções Honrosas
Os poetas abaixo relacionados foram agraciados com a menção honrosa:
Anna Luisa Traiano Mundt (Rio de Janeiro-RJ) – poesia: Realidade
Cassiane Schmidt (Gaspar-SC) – poesia: Prematuro
Cibele Garcia (Santos-SP) – poesia: Separação
Duílio Henrique Kuster Cid (Vitória-ES) – poesia: Naufrago na urbe
Eliana Cristina Hencklein (Descalvado-SP) – poesia: Para escrever...
Elias Antunes (Goiânia-GO) – poesia: Da realidade
Erik de Carvalho Alvarenga ((Vargínia-MG) – poesia: Poleiro pobre
Fábio Daflon (Vitória-ES) – poesia: Agripina
Fabrício Martines Alves (São Paulo-SP) – poesia: Soneto bissexualmente indeciso
Gabriel Rolim de Oliveira (Porto Alegre-RS) – poesia: Palhaçadas vazias
Geraldo José Sant’Anna (Bebedouro-SP) – poesia: Ébano
Grigório Rocha (Salvador-BA) – poesia: Mortalha
Isaac Soares de Souza (Pompéia-SP) – poesia: Mundo
Karlla Caroline de Oliveira Souza (Jataí-GO) – poesia: Atual dilema shakespeariano
Ney Cohen (Belém-PA) – poesia: Esse lixo
Rodney Caetano (Curitiba-PR) – poesia: Poema gene
Roque Aloísio Weschenfelder (Santa Rosa-RS) – poesia: Alva poesia
Rosana Rezende Telles Vaz Diniz (Volta Redonda-RJ) – poesia: Domingo, dia no que não pode
Silvana Sampaio (Vitória-ES) – poesia: Moto – perpétuo
Sílvia Nascimento (São José do Rio Preto-SP) – poesia: Luta vã
Virgínia Marília Candeias Santos Mareco (Alcáçovas, Portugal) – poesia: Falar ou calar?
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Poesia ( Cassiane Schmidt)

PREMATURO

Meu olhar é um poeta de talento
Quem dera eu traduzir em palavras
Aquilo que ele me escreve por dentro!

Mas não consigo, luto em vão
Fogem-me pelos dedos
A sombra duma impressão
Parir a palavra do sentimento
Árduo trabalho
É COMO Lapidar pedra com vento

Então, quieta, boquiaberta
Sento dentro de mim
Assento-me na solidão
Até o poema chegar, dizer: sim!

Chega disfarçado, ô bicho danado!
Escorre pelas mãos
Depois, ao final,
Lamento ver o que dele
Sobreviveu ao papel...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Duas Margens

Antes que a noite amanheça,
Estendo mar nos lençóis
Redijo sentenças para tristeza
Amanheço girassóis.

Antes que o dia termine,
Incesto alegria com dor
Coleciono pássaros no olhar!
Cultivo sementes de amor...
Vejo paz germinar!

A fé é sofrimento entendido
A esperança nasce na coragem
Ser feliz ou triste?
Lados opostos da margem

Antes que as horas entristeçam
Os ponteiros do meu dia,
Desato sombras de escuridão
Expiro do pensar a nostalgia
Viro canção!

, E, sendo canção, sou livre!
Sou feita muitas letras
Melodias ecoando amores
Reclamando despedidas
Escolhas atingindo margens,
Decidindo vidas...



Cassiane Schmidt

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Viver é ...



Descobri que a felicidade não está ao alcance das mãos, isto é, não é algo concreto que podemos pegar, guardar, eternizar.
Ser feliz é tão subjetivo e particular, quanto a escolha dos amores que fazemos.

A felicidade depende da capacidade que temos de alucinar o presente, acreditando sempre que o melhor vai acontecer!
A felicidade é apenas um modo de pensar, não importa as circunstâncias, a felicidade é uma forma de caminhar pela vida.

Ora caminhamos pela areia de uma praia paradisíaca, ora caminhamos pelas pedras, o importante é apreciar a caminhada...

É difícil compreender o ritmo da vida, é difícil acompanhar a pulsação de nossos sonhos frente aos reveses da realidade, mas nada será impossível quando aprendermos a sonhar como se fossemos loucos.

“E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.” (Nietzsche)

A loucura é afrodisíaca para a concretização dos sonhos. Quando racionarmos o pessimismo contraproducente, e apreendermos a sonhar como as crianças, não haverá impedimentos para o alcance de nossos desejos.

Sofrimento é falta de imaginação! A alegria é a vida dizendo: bom dia! A tristeza é adolescente, que com o tempo amadurece, nos faz mais gente!

A fé é a tristeza entendida, estendida no varal do tempo de nossa “curta” vida. O amor é sol, é pôr; Dormir e acordar, Sorrir e chorar, Oi e tchau,
Nunca ponto final!
Talvez ponto e vírgula,
Mas nunca ponto final.
Afinal, o que é a vida?



Cassiane Schmidt

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Incertezas



A incerteza é patrocinadora do medo
A insegurança mora no futuro
O presente passa ausente pelas inquietações humanas
A infância comunga a inocência
Garimpo ouro no olhar das crianças
: minha única/última esperança!
Perdemos o diário de bordo,
Não dá mais para fazer muitos planos
Inseguros e ansiosos: caminhamos
O destino é dado as surpresas
Faz seu alvo, todas as nossas certezas!
As ruas estão enfeitadas de violência
É difícil abrir a janela, fechar a porta, dizer tchau
O amanhã pode ser fatal!
Somos cheios de tantas certezas, vomitamos verdades enlatadas,
Senhores do destino?
Somos nada!
Útil e fútil se confundem o tempo todo!
Passos apressados se espalham por todos os lados
Anunciam dias desatinados dentro do tempo!
A indiferença é arquiteta da solidão
Tudo é normal!
A normose virou apresentadora de tele jornal
Matar e morrer rotina banal
A farmácia na esquina vende capsula de felicidade
A medicina anuncia um tratamento milagroso contra ansiedade
Anfetaminas e benzedrinas produzem alegria!
Incertezas
Perdemos a medida das coisas
Oito ou oitenta
Tudo ou nada
Desequilibro: doença!

A imperfeição é sempre um ponto de vista
Amar a si mesmo é o maior desafio
Encontrar a paz é descobrir a vida
No fim de tudo a única coisa que importa
São os amores que cultivamos
Os abraços quentes que temos
Afetos raros verdadeiros!

(Cassiane S.S)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Cem títulos


Para distrair a tristeza
Criei cem títulos para a alegria
Pintei sorrisos na parede da casa
Enfeitei o jardim com girassóis
Fiz cópias da felicidade
Construí um muro dentro da solidão
Vesti os pássaros com asas
Para que eles pudessem voar
Bem alto
Até onde eu não pude chegar

A distância aproxima o pensamento
A rotina para o amor é veneno
Quando me faltam as palavras,
Confio mais nos meus sentimentos

Para distrair a alegria
Mergulho no silêncio que mora em mim
Faço as pazes com as horas
Invento pretextos para sorrir
Arranco os espinhos das rosas
Esqueço o verbo partir

Os anos vestiram a alegria de mito
Vivo presa a outro mundo
Dias escuros formam sombras
Erguem muros
Ser feliz é um absurdo!

Para distrair a tristeza
Vou esquecer todas as respostas
Apagar os pontos de interrogação
Fechar o livro

Cassiane Schmidt

terça-feira, 28 de julho de 2009

Partes do Tempo



A chuva que o céu chora, apaga a poeira que o vento esconde.
Os dias esquecidos no calendário derrubaram a parede da casa.
A lagrima que nasce no olho, revela que a saudade mora longe
Descobri onde a tristeza mora, ela não fala, ela chora.
O Sol esqueceu o pôr, o dia esqueceu de dormir.
O vento carregou uma folha da árvore, junto com ela foi todo o jardim.
Quando o sol se põe, o céu está azul, os pássaros cantam e as crianças brincam, Deus sorri!
Vi a esquina debruçada na janela, os anos parindo dias, o espelho transformando a face.
Na janela a vida passeia, leve, ligeira.
O chão afunda com os passos do tempo, o tempo não caminha, cava.
A rua é feita de caminhos desatinados.
Esquinas dividindo sonhos, papeis quebrados.
O relógio está sem pilha, os dias eram compridos.
O tempo dormia na varanda da casa
É preciso aproveitar, tudo, sempre, mais, muito mais
Antes que:
O tempo acorde,
O relógio caminhe
A janela se feche
A brincadeira acabe
O vento soe forte
O sol se ponha
A criança durma

Antes que Tudo vire depois!



Cassiane S.

domingo, 19 de julho de 2009

Naufrágio



A saudade naufragou em meu coração
Âncora lançada no mar de contradição
A saudade é sempre imperfeita
Cheia de tantos vazios
Caminha descalça pela memória,
Vestida de solidão

Saudade sinto de tantas coisas,
Até das coisas que não sinto mais
De tudo que foi, que virá,
A vida é um cais
: embarques e desembarques
Até logo, nunca mais...
Caos!


Muitos caminhos carregam meus passos
Tatuei no tempo todas as dores
Desenganos e erros
Medos e amores
Tudo guardado na sombra do vento

Fui tão longe, cheguei tão perto
Desatei os nós da solidão
Bordei a esperança em fino tecido
Para a tristeza, disse muitos: não!

O entusiasmo é tão adolescente
Sonhos grandes escondem-se em pequenos vãos
A felicidade sempre me foi tão jovem
Nuvem que o sol apaga
Cortina que escurece o quarto
6
Porta fechada!


Cassiane Schmidt

terça-feira, 14 de julho de 2009

derrame



O derrame

d
e
r
r
a
m
o
u

a velha sobre a cama
As rugas desenham muitos caminhos no rosto da velha,
escondem uma dor
uma alegria e duas tristezas

A morte é jovem
A morte é um passo,
não é boa, nem má
É morte,
é fácil.


A morte é da cor das paredes do quarto:
amarela suja fria
da cor do vento morno que invade
a melancolia

O derrame e s p a l h o u
o juízo da velha
Esquecimento
Choro
Cheiro
Espera
Cadeira de rodas
Velas e santos
Cama velha

Vasos sanguíneos transbordam,
estouram
Cérebro quebrado,
derramado dentro da velha, na cama



c.s

sábado, 11 de julho de 2009

detalhes



Bebi a água da poça
Era marrom a água
Escondi dentro do vaso, eu
Dentro do quadro
Embaixo do tapete
Ouvi a vida cochichar lá fora


Na parede o quadro pintou dois girassóis amarelos
No chão, nasceram muitas pegadas
A luz da lâmpada despencava do teto
Na televisão, eu vi alguma coisa.


A chuva se esfregava nas calhas velhas
Tinha dois palmos o escuro embaixo da casa
Na rua as pedras dormem
As flores fizeram greve ontem
Caíram uma a uma, na solidão da grama verde

Ouvi um barulho
Lá fora, um barulho
Espiei na janela
Vi o escuro dentro da calçada
No céu, um sol fora de época
A janela estava cega



cassiane.s

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Duas mãos


Duas mãos cheirando a mofo
Tentei convencê-las a escrever outra coisa, que não a saudade
- Não!
Escrevem, desesperam a lembrança
Reverberam dos dedos linhas tristes,
Escuras e densas, linhas quebradas
Algumas palavras, eu descobri, estão mortas.
Mãos tortas ressuscitam, instigam cadáveres de letras.

Palavras cortam, coração
Destilam argila sobre as emoções
De pedra.

De pedra fizeram estátua a criança
Que sangra invisível sobre os veios do mármore frio.
Sangra calada no peito, espia a vida pelos olhos escuros, que já foram tão claros
No olhar, a trilha da solidão

Escalei as curvas do sofrimento
Uma a uma, descasquei da memória
Bem-me-quer, malmequer, último capítulo

É subjetivo o ponto final, onde quer que ele seja colocado.
O ponto final morre no começo de mais um ponto.

Somos pontos........ .
.

.
.
.
.

A velha carta de verão
Guardava ainda o cheiro doce daqueles ventos
Em cada linha um grito abafado do tempo
Cheiros de erva-doce e de suor de crianças espalham na memória
Sol queimando a tarde,
Fogueira de lembranças
Balanço na árvore, só


Cadê o vermelho do amor, quase preto de paixão?
Na algema, as mãos


Cadê a menina de oito anos?
Bolo diabético celebra a má idade
Não há velinhas, nem velas, nem nada
Os balões murcharam dentro dos olhos
O chantilly ficou negro, bem escuro
Não há mais tardes de verão como aquelas
Não da mais para subir em árvores,
Pular amarelinha com o corpo leve e claro
Nem o vento do sul é igual
É menos frio, não gela o nariz
Nada ficou no lugar
Havia bonecas e sonhos no muro do quintal
O muro caiu, ficou apenas alguns tijolos velhos, onde às vezes eu me escondo.


É grave o som da música
Tem garras e duas patas a tristeza
Sublinha sobre o dia o negrito das horas
É grave o tamanho dessa saudade.


cassiane.



Chove
Cada gota
Vira oceano dentro de mim
Revira no peito
Inquieta melancolia

Chove
Eu
seco aqui dentro

Chove, chuva, chove,
escorre meus olhos
O telhado da casa é escorregador da chuva
Do que é feita a chuva?
De lágrimas de anjos?
De água suja?

A chuva é feita dos olhos
Que encobrem o sol das retinas!



c.


Vomitei saudade no prato da tristeza

Tive vertigens

Desequilibrei nas notas musicais da lua pálida

O olhar mudo disse sim!

O instinto, não!

Pulei, pulei bem alto dentro de mim

A água do poço secou

Sede, tenho sede de água pura

O cheiro amargo da noite infestou o jardim

As flores acordaram inclinadas, viradas com a boca para o chão, comendo terra

O sol, ele estava ali, mas a cegueira foi maior!

Neste dia tão triste...tão triste

Calei.


c.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Saber amar



Não envie flores.
Vá com quem você ama até o jardim
Não diga mais “Eu te amo”
Vire-se em mil, mas não diga mais “ eu te amo”!
Esta frase morreu há tempos.


Não que o amor não exista mais, existe sim!
Acredito nele, como em mim!
Mas a maneira de amar banalizou-se
Virou piada o tal do “te amo"!
Todos dizem, a toda, e a qualquer hora


Aviso: o EU TE AMO de qualquer jeito e rapidinho
Está fora de moda!


Não controle, não vigie.
Vá cuidar da sua vida!
Deixe seu amor em paz.
Amor não é contrato.
É laço.

Não laço de peão.
Laço de afeição, de confiança,


De aliança (aliados na dança)

Amor pegajoso é tão chato quanto super bonder colado nos dedos
Ame-se primeiro!
Depois vá amar!
Vá lá, amor não é bengala.
Se queres se apoiar, encoste-se numa árvore.
Espere a vida passar.


Nunca comece uma relação, se não estiveres pronto(a) para amar.
Como saber a hora certa?
Quando você se bastar!
Quando você viver bem sozinho(a), estará pronto para a vida a dois!
Se queres um amor, aprenda a esperar.
Não pegue a primeira embalagem bonita que lhe aparece!


Procure alguém que conheça a arte de “conversar”
Depois de algum tempo a com/versa será o chá das três...
Semelhantes se atraem? – Esqueça!
Se queres alguém igual a você
Fique sozinha(o).
Se te amas tanto assim! Fazer o quê!
Não deposite em ninguém sua felicidade.
Ser feliz é a escolha mais pessoal que conheço.
Não reclame da sua solidão.
A pior solidão do mundo é aquela vivida a DOIS.
Seja UM!
Se você for um Bom UM, será, com toda certeza, um bom DOIS


Não faça tatuagens do nome de seu affair
Deixe que os dias tatuem as marcas desta relação
Se depois de alguns anos a idéia persistir
Então faça, tatue de vez o seu amor!
Não se exponha, fale baixo!
O mundo está cheio de gente barulhenta!


Rostos e corpos perfeitos desfilam na passarela das futilidades
Mas as bocas só falam: MERDA! - De que adianta!
Aprenda a fritar ovos, fazer feijão, um bom café.
Isso tudo – não esqueçam – também aquecem o coração


( Cassiane Schmidt)