O natal se aproxima, junto dele sou invadida por recordações, lembro-me de minha infância, terna, intensa. Todos os natais eram aguardados com ansiedade, demorava tempo para chegar, hoje chega tão rápido, hoje tudo passa rápido demais. Mudaram as horas? Talvez o relógio de hoje não caiba em meu pulso...
Lembro-me com um saudosismo exagerado da época mais bela de minha vida, corria livremente, como pássaro solto, livre, feliz. Rabisquei no chão de outrora os mais lindos sonhos, as mais belas recordações.
Quiçá pudesse abrir as portas do passado, trazer todos comigo, juntar todos os cães que catei na rua, juntar meus brinquedos, meus segredos, os medos – eram tão poucos- as alegrias eram muitas.
Reunir os amigos, sentir o pé no chão, dar uma passadinha no jardim de infância, mergulhar no rio infinito das possibilidades de se embebedar de alegria, agora entendo o que seria um contentamento descontente...
Um dia apenas me bastaria, abasteceria minha alma de tanta energia, viveria intensamente cada segundo, voltaria para Mim, descobriria onde foi que me perdi...
A infância são as férias que a vida nos proporciona.
Um dia descobri que papai-noel não existia, ao contrário de muitas crianças, nada de trauma, e daí! ; O natal existe. Minha família estava ali, as favas com o papai-noel...
as incoerências sempre estiveram presentes, hoje eu sei.
Mas o que importa não são as lendas, mas o que elas nos trazem...
Não são presentes, mas as pessoas que estão presentes.
Não é a ceia farta de natal, é a mesa cheia, cheia de gente...
O que importa verdadeiramente é estar junto das pessoas que amamos,
é saber suportar com dignidade a ausência das que se foram..
Passei muitas noites antecedentes ao natal em vigília, olhos fixados no Céu, esperando a renas trazerem o papai-noel, elas nunca vieram e, mesmo assim os presentes sempre estiveram ali, embaixo do pinheirinho....
Hoje olho para a escuridão da noite e sei que as renas não descerão com o “pobre velhinho” de céu abaixo, mas eu ainda consigo ver Deus.
É para Deus que eu peço neste natal a proteção para todas as crianças, rogo a Deus que de a todas elas uma família, uma noite de natal memorável em suas vidas, pois sei que acolhidas pelo amor seriam todas luzes brilhando no Céu, estrelas cadentes desmanchando-se de alegria.
Enquanto houver uma criança triste e abandonada na terra, não poderemos sentir a felicidade plena, somos uma grande família.
O planeta é a casa comum a todos nós.
O teto de nossa casa é o céu. As portas, o coração. As janelas, a alma.
Muitas vezes Deus bate em nossa porta, pois então que estejamos preparados para abri-la...
(Cassiane Schmidt)
Lembro-me com um saudosismo exagerado da época mais bela de minha vida, corria livremente, como pássaro solto, livre, feliz. Rabisquei no chão de outrora os mais lindos sonhos, as mais belas recordações.
Quiçá pudesse abrir as portas do passado, trazer todos comigo, juntar todos os cães que catei na rua, juntar meus brinquedos, meus segredos, os medos – eram tão poucos- as alegrias eram muitas.
Reunir os amigos, sentir o pé no chão, dar uma passadinha no jardim de infância, mergulhar no rio infinito das possibilidades de se embebedar de alegria, agora entendo o que seria um contentamento descontente...
Um dia apenas me bastaria, abasteceria minha alma de tanta energia, viveria intensamente cada segundo, voltaria para Mim, descobriria onde foi que me perdi...
A infância são as férias que a vida nos proporciona.
Um dia descobri que papai-noel não existia, ao contrário de muitas crianças, nada de trauma, e daí! ; O natal existe. Minha família estava ali, as favas com o papai-noel...
as incoerências sempre estiveram presentes, hoje eu sei.
Mas o que importa não são as lendas, mas o que elas nos trazem...
Não são presentes, mas as pessoas que estão presentes.
Não é a ceia farta de natal, é a mesa cheia, cheia de gente...
O que importa verdadeiramente é estar junto das pessoas que amamos,
é saber suportar com dignidade a ausência das que se foram..
Passei muitas noites antecedentes ao natal em vigília, olhos fixados no Céu, esperando a renas trazerem o papai-noel, elas nunca vieram e, mesmo assim os presentes sempre estiveram ali, embaixo do pinheirinho....
Hoje olho para a escuridão da noite e sei que as renas não descerão com o “pobre velhinho” de céu abaixo, mas eu ainda consigo ver Deus.
É para Deus que eu peço neste natal a proteção para todas as crianças, rogo a Deus que de a todas elas uma família, uma noite de natal memorável em suas vidas, pois sei que acolhidas pelo amor seriam todas luzes brilhando no Céu, estrelas cadentes desmanchando-se de alegria.
Enquanto houver uma criança triste e abandonada na terra, não poderemos sentir a felicidade plena, somos uma grande família.
O planeta é a casa comum a todos nós.
O teto de nossa casa é o céu. As portas, o coração. As janelas, a alma.
Muitas vezes Deus bate em nossa porta, pois então que estejamos preparados para abri-la...
(Cassiane Schmidt)
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