Desce a cortina
Dormem as ruas
Luzes se apagam
Lá, onde tudo termina
O tempo inicia sua rotina
O assoalho velho, manchado, embala
Os passos dum velho relógio atrasado
Na porta, memórias de partida e chegada
O fim nos espia por todos os lados
(Na velha casa, onde velhos personagens criam traças),
Talheres dormem nos pratos
Cadeiras disputam vazios
Sobre a mesa seus pedaços
Somos feitos água de rio
Silêncio, estrada do tempo
Onde o destino nos faz caminho
Quando iludida penso
Estar viva, já se desfez o meu ninho
A vida deveria sem assim:
Um sempre chegar, um nunca partir
Mas o tempo vem e nos diz:
Arrume suas malas, recolha seus pedaços
Essa é a rotina do fim!
Cassiane Schmidt
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