Tempo de Recomeçar

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"Essa história vai emocionar você"

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Celebração da vida...

William-Adolphe_Bouguereau_(1825-1905)_-_The_Day_of_the_Dead_(1859)

Hoje, dia 2 de novembro, celebramos o dia de finados, a data foi instituída pela Igreja Católica com o objetivo de prestar homenagem aos nossos entes queridos, que já não compartilham mais da nossa convivência.
Neste dia, pelos cemitérios Brasil afora, misturam-se flores e saudades, dores e esperança. Pessoas cobrem os jazigos com flores coloridas, desaguam sua dor, acendem velas, rezam um pai-nosso, quem sabe dois, e depois vão para suas casas, seguem suas vidas...
Passado o dia de finados, mergulhamos no abismo frenético de nossas rotinas, as flores nos cemitérios murcham, as flores artificias desmancham-se ao calor do sol, as velas se apagam.
Respeito muitíssimo essa data, considero-a uma data digna de feriado, muito mais do que outras que comemoramos aqui no Brasil, no entanto, ocorreu-me um pensamento, ao ver-me agarrada às lembranças dos meus queridos finados, percebi que muitas vezes não celebramos a vitória de estar na presença das pessoas que ainda habitam entre nós, não paramos para pensar que a vida é feita de chegadas e partidas e que jamais saberemos a hora de dizer adeus.
O que pretendo refletir é que devemos investir na vida, enquanto ela nos é possível, e a nossa vida são as pessoas que amamos.  Infelizmente, o que mais se ouve num dia de finados, ao pé da sepultura, são lamúrias de pessoas que dizem: “eu queria poder dar o último abraço”, “eu queria ter pedido perdão”, “eu queria ter dito o quanto ele (a) foi importante na minha vida”... E por aí vai!
Se é importante celebrar o dia de finados, mais ainda deveria ser, celebrar a vida de quem ainda permanece ao nosso lado, aproveitando a convivência da melhor forma possível, para que no dia da ausência estejamos preparados para lidar com a dor, longe das amarras do arrependimento de não ter feito aquilo, de não ter dito isso.
Jamais saberemos a hora exata de partir, de dizer adeus, não sabemos se é hoje, amanhã, por isso, não vamos desperdiçar nenhuma oportunidade de demonstrar as pessoas que amamos, de expressar o quanto elas são importantes para nós.
Não poderemos fugir da saudade, mais cedo ou mais tarde ela bate à nossa porta, mas do remorso, ah, esse pode ser evitado, basta que saibamos amar e demonstrar sempre o quanto nossos familiares e amigos são importantes para nós, hoje, agora!

(Cassiane Schmidt)

domingo, 30 de outubro de 2011

Promessas Vazias





Nada de promessas, não tente enganar a solidão.

A vida é uma peça

Personagens e contradição!

Mas não desista, não diga não!

Amanhã é outro dia e quem sabe então...



A agenda está cheia de compromissos e de solidão

Datas e horas afugentam sonhos,

Queria estar lá fora,

Longe dessa inútil multidão!

Desisti de sonhar plurais

Por mais que eu queira tudo é sempre não!

Um jogo de falsas promessas, promessas vazias...

Abro as janelas, espraio os sentidos, sinto gostos, cheiros e formas,

Mas tudo é tão antigo!

Até o sol que me acorda é cinza

Feito um velho amigo!

Feito peça de museu, calo-me ao som de mais um dia,

Um jogo onde quem sempre vence é a melancolia,

Mas não desista, não diga não...

(Cassiane Schmidt)