Tempo de Recomeçar

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"Essa história vai emocionar você"

sexta-feira, 30 de março de 2012

O amor têm prazo de validade?

Pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em dezembro de 2008 revelou que o número de divórcios no Brasil subiu 200% entre 1984 e 2007, segundo dados da pesquisa "Estatísticas do Registro Civil 2007". Em números absolutos, os divórcios concedidos passaram de 30.847, em 1984, para 179.342, em 2007.

Será que o amor tem prazo de validade? Acredito que não. Creio que este número crescente de desenlaces deve-se a uma série de fatores que variam, é claro, em suas peculiaridades, a velha história “cada caso é um caso”, além do tempo que tratou de mudar a antiga e tradicional conjuntura familiar.
Mas o fato é que antigamente os casamentos duravam mais, talvez as mulheres fossem mais submissas e o divórcio era considerado um ato “vergonhoso” para elas, veja bem, para a mulher! Os homens tinham uma espécie de amparo moral da sociedade, ele podia trair, ele podia maltratar sua esposa, ele podia tudo, afinal ele era homem!
Mas os tempos mudaram, as mulheres conquistaram seu espaço na sociedade, sua independência econômica e, isso talvez, tem sido um fator decisivo para elas não se submeterem mais aos desmandos de alguns maridões covardes e machistas de antigamente! Não que essa espécie despareceu por completo, ela ainda existe, não é raro encontrarmos homens que não respeitam e dignificam suas esposas. Mas este não é um discurso feminista, há também mulheres que não honram, nem tampouco respeitam seu matrimonio, em tudo há sempre os dois lados da moeda.
É interessante conversar com um casal lá da década de 50, 60 para ter uma noção de como funcionava a dinâmica dos relacionamentos. O rapaz se aproximava da guria, os encontros eram em tardes dançantes que começavam às três da tarde e terminavam antes que o sol se escondesse atrás do desejo insaciável de permanecer ao lado da amada (o). O rapaz deixava a moça na porta de casa, isso já sinalizava compromisso sério, se ele tivesse um cavalo e um terreno, melhor ainda.
O namoro era em casa, na casa da moça, no sofá, sob os olhos atentos da futura sogra. Mal se podia pegar nas mãos. Desse modo o casório era coisa rápida, os noivos tinham sede de solidão, da solidão a dois, onde os dois eram cúmplices dos primeiros desejos. Geralmente casavam-se jovens, tinham muitos filhos, e o amor e romantismo ia cedendo lugar a rotina e ao choro de criança.
A mulher largava-se aos afazeres da casa e os anos passavam. Nesta época falar em divórcio era proibido, um palavrão! As mulheres se contentavam com sua vida e achavam que tudo era assim mesmo.
Hoje não! Hoje as mulheres impõem sua opinião, não se sujeitam a nenhum tipo de humilhação e a separação tornou-se fácil e prática, e nem é mais motivo de vergonha. Contudo, nem um tempo foi totalmente negativo, muito menos esse tempo que vivemos hoje está sendo totalmente positivo para os relacionamentos, afinal os números mencionados anteriormente assustam.
Se antigamente as mulheres toleravam tudo, hoje elas estão pedindo o divórcio na primeira briga, observa-se um nível elevado de imaturidade entre os casais. Uma falta de diálogo e uma acentuada dificuldade de enfrentar problemas e crises conjugais. Hoje é tudo ou nada. Quem sofre as consequências dessa desestabilização familiar são os filhos, que acabam entrando involuntariamente nos próximos relacionamentos de seus pais.
A estrutura familiar mudou drasticamente, isso também é um forte fator que desestrutura os chamados "segundo casamento". Cada um vem com sua bagagem (filhos), o que acaba, na grande maioria das vezes, gerando conflitos e novas separações.
O assunto é complicado, dá pano pra manga, mas o amor, o verdadeiro amor não cabe em nenhuma das situações acima, ele sobrevive às intempéries da vida. Ele não se encaixa em estatísticas, ele simplesmente vence todos os obstáculos e provações que surgem no caminho. Por isso, cuide bem do seu amor, pois se ele for verdadeiro, não há tempo que o faça perder a validade!
(Cassiane Schmidt)

quinta-feira, 29 de março de 2012

Homenagem

O céu recebeu nesses últimos dias dois grandes talentos:


Ator, humorista e também pintor, Chico Anysio faleceu nesta sexta-feira, dia 23/3/12, vítima de problemas nas funções respiratória e renal, no exato ano em que comemora 65 anos de carreira, uma perda enorme para o país.

O escritor, desenhista, dramaturgo e humorista Millôr Fernandes morreu na noite de terça-feira (27/3/12), no Rio de Janeiro, aos 87 anos. Ele estava em casa e foi vítima de falência de órgãos múltiplos.


Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.


quarta-feira, 28 de março de 2012

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Ineficiência das leis



Não me canso de falar, sou repetitiva, pode ser. Mas o fato é que a falta de vergonha e de leis eficientes nesse país me embrulham o estômago. Explico. Estou a falar dos velozes e furiosos do asfalto. Nesta semana mais um caso de um jovem que atropelou e matou um ciclista, o ajudante de caminhão Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos morreu no local. Mas o motorista é nada mais nada menos que Thor de Oliveira Fuhrken Batista, filho do empresário Eike Batista.
Thor, segundo as leis regidas pelo DETRAN, não poderia estar dirigindo, pois tinha registrado em sua habilitação 11 multas e acumulado 51 pontos na carteira de habilitação nos últimos 18 meses.
O advogado da família Batista defendeu-se com argumentos minimamente ridículos, alegou que nem sempre era o jovem quem dirigia o carro, ou que as multas podem ter sido de antigos proprietários do veiculo, ah tá, conta outra, como se o filhinho do homem mais rico do país iria comprar carro usado. Por favor, não subestimem a inteligência do povo brasileiro.
Outro fato que chama atenção é que logo após o acidente, antes mesmo da policia chegar ao local, Thor foi levado pelos seguranças para casa, ou seja, não permaneceu no local do acidente para cumprir os trâmites que uma situação como esta requer, por exemplo, bafômetro!
Somente no outro dia, acompanhado do seu advogado e com cara de santinho, compareceu a delegacia para prestar depoimento. Nem preciso dizer que o moço se declarou inocente e ainda colocou a culpa no pobre do ciclista que, segundo relato de sua mãe, fazia esse trajeto todos os dias, e nunca trafegava sobre a pista.
Mas nesta história quem será o culpado, o pobre ajudante de caminhão que voltava para casa depois de um dia de trabalho ou o Thor, filho do homem mais rico do Brasil?
É lamentável que as leis não tenham a mesma validade para todos os cidadãos, ela varia de acordo com a classe econômica. Assim como o jovem Thor existe centenas de filhinhos de papai atropelando e matando gente inocente pelas ruas, exagero? Ligue o noticiário. O fato é que os pais, são negligentes, passam a mão na cabeça dos bermudões, pagam a fiança, compram delegados, guardas (há exceções) e levam seus filhotes para casa, e tem mais, compram-lhe outro carro novo, não permitem que seus filhos assumam a consequência de seus atos.
Enquanto os pais não imporem limites aos seus filhos, a sociedade corre perigo. Educar é algo indissociável da paternidade, infelizmente, tem muitos empresários que estão mais preocupados em acumular patrimônio, enquanto seus filhos deixam um rastro de destruição por onde passam, ou melhor, voam!

(Cassiane Schmidt)