
Lágrimas alfabetizam o coração
Guarda-roupa órfão
Mesa vazia
Olhos derramados
Paisagens sem moldura
Vagas de garagem
Pele crua
Lábios singrados em últimos beijos
Braços naufragados em memórias,
Desviam a órbita: saudade!
Vidro quebrado
Corredor sem passos
Malas feitas.
Café com leite
Relógio parado
Janela fechada
Guarda-roupa órfão
Mesa vazia
Olhos derramados
Paisagens sem moldura
Vagas de garagem
Pele crua
Lábios singrados em últimos beijos
Braços naufragados em memórias,
Desviam a órbita: saudade!
Vidro quebrado
Corredor sem passos
Malas feitas.
Café com leite
Relógio parado
Janela fechada
Silêncio...
,
Portas abertas
,
Silêncio...
Sobre a mesa o vaso,
No vaso a flor
Na flor todo jardim
No jardim a ausência,
Na ausência o fim
,
,
,
, Silêncios
Cassiane Schmidt
Um comentário:
Despedidas são crueis, exatamente a parte ruim, a que quebra, que doi. Doi mais que saudade, porque na despedida é que a gente consegue ver o tempo passando...
Belo poema.
Beijos
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