O que nos define plenamente é o
tempo. Somos o espelho dos dias. Sempre haverá dois caminhos, isso é que torna
a existência humana desafiadora. Esses dois caminhos muitas vezes se
transformam em labirintos. As provações fazem parte da grande aventura de
viver.
Osho, filósofo indiano e líder
religioso tem uma excepcional definição de desafio, ele fala de maneira
consciente sobre a aventura da vida: “A
vida só é possível através dos desafios. A vida só é possível quando você tem
tanto o bom tempo quanto o mau tempo, quando tem prazer e dor; quando tem
inverno e verão, dia e noite; quando tem tristeza tanto quanto felicidade,
desconforto tanto quanto conforto...”
Torna-se difícil pensar essas
duas distintas faces da realidade, pois a natureza humana é movida em busca da
felicidade plena, o que, convenhamos, é impossível! Não se trata de um discurso
pessimista, basta que cada um observe sua trajetória e verá que no diário de
bordo de suas vidas, nem tudo foram flores, houve momentos de tempestade, houve
momentos de sol, viver é equilibrar-se na gangorra dos desafios que nos
espreitam por todos os lados.
O diferencial das pessoas que
atingem um nível superior e que conseguem manterem-se felizes e realizadas por
longos períodos está no fato delas saberem tirar proveito do mau tempo.
Aprender com a dor nos fortalece, nos ensina a preservar a felicidade.
A felicidade é indescritível,
desconhece bússola ou mapa, a sinalização de sua presença requer simplicidade,
nunca encontrei felicidade na sofisticação. Para ser feliz é preciso cultivar o
espirito das coisas simples. Simplicidade aqui é sinônimo de conexão,
conectar-se com o mundo através do coração, é viver intensamente momentos
aparentemente banais. Estabelecer vínculos com a natureza simples das coisas
significa amar o próximo, desejar o bem de todos, despojar-se de sentimentos
mesquinhos.
Hoje o conceito de felicidade
está desfigurado, a grande maioria das pessoas associa felicidade ao dinheiro,
posição social. É comum ouvir pessoas que afirmam que só serão felizes quando
tiverem isso ou aquilo, felicidade não é ter, felicidade é a capacidade de ser!
Ser mais gentis, mais solidários, é desenvolver a capacidade de ouvir o que o
outro tem a dizer, saber ouvir é uma virtude da pessoa sábia.
Ser feliz exige que desçamos ao
topo de nossos calcanhares. Não há felicidade que não tenha se banhado em doses
generosas de sofrimento (autoconhecimento) é preciso sofrer para ser feliz? A resposta
está contida na história individual de cada um de nós. Há pessoas que
estacionam no sofrimento e encontram sérias dificuldades de seguir adiante,
enquanto outras conseguem virar a página, seguem adiante construindo castelos
com as pedras que lhes feriram os pés. Viver é seguir adiante, sempre! Até
quando tropicamos somos projetados para frente.
Viver é um eterno recomeçar. A realidade
é contraditória, sabemos, mas viver é isso, é saber dançar a música dos dias, é
ter coragem para tomar as decisões, é feita de acertos e erros. Os erros quando
bem compreendidos, são ferramentas eficazes para o crescimento interpessoal.
Como dizia o poeta Carlos
Drummond de Andrade “Ser feliz sem motivo
é a mais autêntica forma de felicidade.”
(Cassiane Schmidt)
cassianeschmidt@yahoo.com.br
Um comentário:
Muito legal. Esse foi uma das coisas mais bonitas que a professora postou
bjss de seu aluno Josmair
sétima série 1
;)
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