Poemas, o que são?
Fuligens esquecidas nas chaminés do tempo
Sonhos – Medos - Lenços
Letras de salvação
Terra inocente de Marias e Joãos
Tudo é poesia no coração de quem sente.
Poema,
É feito de tudo aquilo que penso
Mas o pensar importa menos que o sentir,
Pois é só quando sinto, que me sinto,
Poema,
É feito de tudo aquilo que penso
Mas o pensar importa menos que o sentir,
Pois é só quando sinto, que me sinto,
E sou capaz de saber a hora certa
que o pensamento sentido pede para nascer...
O poema está no olhar puro da criança,
Está nos letárgicos passos do andarilho, é feito de sucos, sumos, vultos;
Nasce da dor, da alegria, ou simplesmente, das mãos frias.
Poemas escuros e claros, tão raro os raros...
É assim o poema,
O indumentário da alma, a escritura do amor, algumas vezes da dor;
O parto dos sentimentos, retrato de momentos
É assim o poema,
O indumentário da alma, a escritura do amor, algumas vezes da dor;
O parto dos sentimentos, retrato de momentos
Mas onde esta o poema?
- Nas asas do pássaro?
- Banhando-se em lágrimas?
- Nas horas que passam?
- No vento que passou...?
- Nas asas do pássaro?
- Banhando-se em lágrimas?
- Nas horas que passam?
- No vento que passou...?
Não sei onde ele está!
Onde escondem-se os poemas, pergunto, onde?
O poema Parte antes mesmo de chegar
Está em tudo, vive em vigília na alma do poeta,
atocaiando o momento certo para nascer, e nascendo,
vive e goza a eternidade de breves momentos,
Figurando-se em múltiplas faces no olhar de quem o descobre,
Figurando-se em múltiplas faces no olhar de quem o descobre,
redescobre e o batiza,
o leitor.
Esperem!!!
Esperem!!!
Um poema acaba de passar por aqui...
Poemas, pomar de versos
Vinho tinto de letras
Degustando o universo
Anacoluto de surpresas
Poemas testemunha ocular
Inventário de sensações
Acidente vascular
Rebusca de emoções
Poemas de cores aladas
Esconde-se atrás do muro
Na chuva beijando a calçada
No esconderijo do olhar escuro
Poemas, aquecidos em ninhos
Caminhos de flores
Chorando os espinhos
Exorcizando agoures
Poemas, ilusão de versos
Tessitura de letras
Afogam e submersos
Talham as palavras crespas
Poemas feitos de mar
De vento e arestas
Conjugam o verbo amar
Em todos os tempos
Sem pressa, sem pressa
(Cassiane Schmidt)
2 comentários:
Definitivamente você nos deixa sem "comentários à altura"...
Lindas palavras, descrevendo um poema sobre um poema..
Mil vezes parabéns pela tua sensibilidade, pela tua capacidade de interpretar nossos sentimentos e tocar nosso coração.
Te amo minha irmã.
Ai, que lindo!
Amar sem pressa... Admiro a sensibilidade e doçura com que teceu o seu poema.
Adorei!
Beijos de luz,
Aline***
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